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Posted: 9 Jun, 2022 @ 4:36pm
Updated: 19 Jan @ 4:08pm

A Sombra da Saqueadora de Tumba. Gráficos lindos, história mediana e desempenho satisfatório


SINOPSE
Shadow of the Tomb Raider (ou, em português, Sombra da Saqueadora de Tumba) é um jogo de aventura lançado em 2018, para PS4, Xbox, PC e Stadia.

O jogo é continuação do Rise of The Tomb Raider, com a Lara seguindo os passos da organização terrorista Trindade na América Latina, após os eventos na Rússia.


HISTÓRIA
infelizmente a narrativa ficou abaixo do jogo anterior. Já havia lido comentários (sem spoilers) anteriormente que a história ficou fraca, mas agora confirmo os boatos. Todo o mistério envolvendo a família Croft do jogo anterior dá lugar a um conflito indígena sobre uma antiga maldição inca.

Basicamente surge o líder terrorista Domingues, que está atrás de uma antiga relíquia que poderá levar ao fim do mundo. Isso leva Lara e Jonah ao México. Após se encontrar com o vilão e um desastre acontecer, Lara e Jonah vão ao Peru e o rumo da história muda quase que totalmente.

A aventura de Lara passa a girar em torno de uma espécie de "golpe de Estado tribal" da seita extremista Kukulcan contra a cacique indígena Unuratu na aldeia Patiti . Até mesmo o vilão do jogo passa a ser reinserido nesse novo contexto e sendo chamado pelo seu "nome tribal" Amaru.

A mudança na trama é tanta que Shadow of The Tomb Raider passa de um jogo de ação para um jogo de ação/RPG/aventura, com NPC's para interagir e missões secundárias.
Infelizmente o tema é ultrapassado e pouco criativo, além de não gerar qualquer mistério ao jogador. O jogador segue a história sem saber a importância de cada um dos personagens enquanto que os desastres naturais, ocorridos no começo do jogo, não representam as ameaças que deveriam.

Só na metade do jogo, quando a Lara veste seus trajes clássicos e o foco passa a ser o aliado do vilão Domingues, que descobrimos o significado da cena pós-créditos de Rise of The Tomb Raider.

A partir daí a ação aumenta e o final torna-se satisfatório. A história não é ruim, só pra avisar. Mas caiu o nível, comparado com o jogo anterior. A impressão que passa é que a desenvolvedora, em parceria com a Nvidia, focou mais em vender GPU's como a ideia do ray tracing e suas melhorias gráficas do que apresentar narrativa cativante pros jogadores e, infelizmente, isso prejudicou a experiência.

O primeiro jogo, por exemplo, também tinha uma ideia similar, com a maldição de uma deusa japonesa e o mistério da ilha. Porém, tínhamos toda aquela sensação de perigo iminente, escassez de munições e desenrolar da história (apesar de ser lento). Aqui não, os personagens coadjuvantes são sem-graças. Você não consegue ter carisma por nenhum deles.


DESEMPENHO
com Core i5 9600K, RTX 2080 e 16GB RAM Corsair Vengeance (todos em overclock), o jogo roda no benchmark no ALTO a 126 fps. Chega a consumir 7,5GB de NVRAM.

Jogando no MUITO ALTO, anti-serrilhamento em 4x e todos os filtros no máximo, o jogo oscila entre 70 fps e 94fps na 1ª fase, no México, mas sem qualquer engasgo como acontecia no título anterior.
Acredito que seja por causa das melhorias no motor gráfico usado pela Square Enix. Entretanto, chama atenção como 2 anos de diferença entre jogos já apresenta perfomances distintas na mesma configuração de um PC.


QUEBRA-CABEÇAS
alguns permanecem desafiadores, igual os do título anterior. Os desenvolvedores focaram em testar o raciocínio lógico dos jogadores


CONTROLES
jogo no controle do Xbox e os gatilhos de impulso estão ativados nesse título. Caso não saiba o que é, os gatilhos de impulso nada mais são do que vibrações nas "garras" do controle, identificados pelos botões LT e RT. É perceptível quando o seu uso é ativado pelos desenvolvedores em um jogo.


INIMIGOS
a inteligência dos capangas da Trindade aumentou, agora eles sentem a sua presença caso você se movimente perto de arbustos e submersa na água


O VILÃO
aparece no começo do jogo. Percebi que teve uma aparição menor do que o vilão Constantine do título anterior e é menos interessante. Não representa uma grande ameaça.


EQUIPAMENTOS
temos os mesmos acessórios do jogo anterior: flechas, pistolas, metralhadoras e machado.


GRÁFICOS
muito belos. Porém, pelo fato da maior parte do jogo se passar na floresta, não achei que o nível gráfico foi aproveitado ao máximo. Como a própria Nvidia Brasil tanto divulgou, o ray tracing muda a maneira como as luzes se comportam. Nesse jogo os tais traçados de raios só são aproveitadas em cenas noturnas, que acontecem com menos frequência.


BUGS
o jogo fechou sozinho várias vezes e, estranhamente, a vibração do controle do Xbox One deixava de funcionar. Foi necessário que eu desconectasse da porta USB e reconectasse para voltar ao normal.
Também aconteceu do Jonah aparecer com falhas gráficas, mas nada comparado com o Rise of The Tomb Raider que tinha MUITO MAIS problemas.


DUBLAGEM
os dubladores brasileiros do jogo anterior foram mantidos, como a da Lara e do Jonah.
Porém, em alguns momentos a voz dos personagens abaixou sozinho. Me gerou certa decepção, visto que o estúdio Maximal Studios, que localizou o título no Brasil, é especializado em dublagem de jogos.


DICAS
ao desvendar um quebra-cabeça, agora o jogo emite um ruído para indicar que o desafio foi resolvido.


PREÇO
paguei 89 reais. Sinceramente não acho que valeu muito a pena, tive uma certa decepção. Porém, o dinheiro gasto foi honrado.


NOTA:
8,0
Apesar de resolvido os problemas gráficos presentes no jogo anterior, a história ficou com nível abaixo de Rise. Entretanto, como o desfecho para a saga foi bom, eu recomendo esse jogo, com ressalvas.
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