Minha ideia inicial era fazer uma sequência de reviews sobre toda a franquia. Incluindo toda a série principal, como também alguns dos seus spins-offs, como o Reveletions. Entretanto deixaremos essa proposta para um futuro (espero eu) próximo.

No lançamento do seu teaser jogável (Beginning Hour), a primeira impressão que se tem é que teríamos um Resident Evil debruçado no estilo dos novos games do gênero, com um feitio de run, hide and seek, apresentado em jogos como Amnesia e Outlast.

O enredo que nos é apresentado de início é que o protagonista Ethan Winters está a caminho de uma fazenda em Dulvey, interior de Luisiana, depois de receber um e-mail nada suspeito de sua esposa que estava sumida há 3 anos.

Chegando ao local encontramos uma casa nos moldes de uma clássica casa “malassombrada”. Novamente temos a mesma sensação dada pelo teaser Beginning Hour, um jogo de pique-esconde.

Aqui temos uma jogabilidade com uma câmera em primeira pessoa juntamente com uma história tanto quanto confusa e que impõe várias perguntas. Quem é Ethan? Quem é Mia? Como está o mundo lá fora? Qual a relação desses personagens e disso tudo com a franquia? Perguntas que ao longo do jogo serão bem respondidas.

Não obstante, em pouco tempo de jogo percebemos que se trata de um autêntico Resident Evil. Elementos que recuperaram de forma forte e clara memórias de sensações, até mesmo as mais antigas, de quando eu era molecote e jogava Resident Evil 3 nas locadoras próximas a minha casa.

Essa nova jogabilidade, relacionada com elementos clássicos da franquia, como trilha sonora, enredo, puzzles e personagens nos dão extrema satisfação em jogar não só um ótimo jogo de survival horror, como um excelente Resident Evil.

O jogo traz uma história relacionada a armas biológicas, associações criminosas de alto nível, envolvendo relacionamentos e personagens carismáticos, que além de todo horror, nos imerge cada vez mais nesse mundo fantástico.

As criaturas me lembraram bastante do Resident Evil 4, e o vilão principal me lembrou muito do Nemesis… Um Nemesis parecido com aspecto de um Ganado (do Resident Evil 4), com consciência e um certo carisma.

No modo de dificuldade hospício, a mecânica das fitas de tintas reaparece, aqui, como fitas de gravador. Ter que gerenciar também esse recurso foi algo que me deixou feliz, trazendo uma das maiores aflições minhas da franquia: escolher bem a hora de criar um save.

Com o passar da narrativa, adentramos dentro da história da família Baker, dona da residência de onde se passa o jogo e também nossos inimigos. Conhecendo a história de personagens carismáticos e criando certos laços emocionais com eles… E nos tornando parte da família.

De forma geral, Resident Evil 7, cumpre mais do que promete! Como colocado anteriormente, não é apenas um jogo de terror qualquer, é um ótimo jogo de terror e também um ótimo Resident Evil. Com o ambiente adequado – madrugada, silêncio, fone isolador, escuro total – o jogo proporciona uma excitação do sistema nervoso simpático (aumento de adrenalina entre outros fatores), gerando ansiedade e aflição a cada passo dado. Facilmente entra no meu top 5 de jogos da franquia.